Ministério da Saúde alerta para casos de intoxicação no Rio Tocantins

As populações que vivem ao longo do percurso do Rio Tocantins, nas comunidades próximas à ponte Juscelino Kubitscheck, que colapsou em dezembro passado, estão sendo orientadas, pelo Ministério da Saúde, para eventuais casos de intoxicação por exposição a produtos químicos.

A iniciativa se deve às cargas de agrotóxicos e ácido sulfúrico que estavam sendo transportadas pelos caminhões que caíram no rio no momento do desabamento.

No entanto, até o momento, não há indícios de contaminação da água; mas a ideia é diminuir possíveis impactos à saúde humana, animal e ambiental da região.

A ANA - Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico - informou que por causa do aumento das vazões do rio Tocantins, as operações de mergulho e remoção de recipientes de pesticidas continuam interrompidas e esse trabalho só deve ser retomado entre abril e maio, quando as vazões baixam. 

Em relação à estrutura que sobrou da antiga ponte, a previsão é que ela seja implodida no próximo domingo.

Sobre a travessia do rio no local do desabamento, a prefeitura de Estreito, no Maranhão, começou a oferecer – gratuitamente - uma embarcação com capacidade para transportar 44 passageiros. Um outro serviço de travessia gratuita está sendo oferecido pela prefeitura de Aguiarnópolis, no Tocantins, em embarcações menores.

No caso dos veículos leves, o Dnit, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, informou que a empresa contratada para esse tipo de transporte já está com as balsas no local, mas depende de licenças e entrega de documentação para começar a operar.

E a Antaq, Agência Nacional de Transportes Aquaviários, informou que caminhões pesados, carretas e ônibus serão transportados por meio de balsas em menos de 30 dias. A empresa LN Moraes Logística vai oferecer esse serviço.     

O desabamento da ponte afetou também a economia local, causando perdas na arrecadação e dificuldades para comerciantes, trabalhadores e moradores que dependiam da ponte para suas atividades diárias.

Nessa quarta-feira (29), a prefeitura de Estreito decretou Estado de Calamidade Econômica, Financeira e Social - Nível III, reconhecendo o impacto profundo do colapso da Ponte Juscelino Kubitschek para o município.

Com isso, o prefeito Léo Cunha, explicou que a decisão vai permitir que a prefeitura isente ou reduza impostos municipais, conforme avaliação e necessidade; crie leis para apoio econômico a comerciantes e a empreendedores afetados. O decreto também deve dar rapidez para apoio financeiro dos governos estadual e federal no envio recursos emergenciais.