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Economía

BC: efeitos dos juros altos na economia ainda são desconhecidos

Gabriel Galípolo falou sobre o assunto nesta quinta-feira
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Gabriel Brum - repórter da Rádio Nacional
27/03/2025 - 16:24
Brasília
Brasília (DF), 27/03/2025 - O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo participa da apresentação do Relatório de Política Monetária, que substitui o Relatório Trimestral de Inflação. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
© Antônio Cruz/Agência Brasil

O efeito da política de juros sobre a economia ainda está sendo avaliado, segundo o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Ele falou nesta quinta-feira (27), na apresentação do Relatório de Política Monetária, que prevê que a inflação fique acima de 5% neste ano.

Segundo Galípolo, a instituição adotou um remédio forte para tentar trazer a inflação para a meta – que é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Os técnicos analisam como os índices reagem para saber como agir no futuro.

Banco Central entende como se dá esse mecanismo de transmissão, ou seja, você dá o remédio agora, o remédio vai ter um efeito ao longo do tempo. E a percepção de que esse remédio está funcionando ou não vai ser contado por você por uma série de dados e indicadores que vão dizer se a dosagem do remédio está adequada ou não. É nesse momento que a gente está. É essa a função de reação para esse momento. 

O presidente do Banco Central explicou que não definiu o tamanho de um aumento na taxa de juros em maio para manter “liberdade” de ação, por causa das incertezas no exterior e no Brasil.

Segundo Gabriel Galípolo, o empréstimo consignado para trabalhadores do setor privado ainda não entrou nas projeções.

Não consideramos ele nas nossas projeções e estamos vendo que esse é um processo ainda de consolidação e tentativa de entender melhor por parte de todo mundo qual vai ser um impacto.  Acho que é uma medida que vem mais olhando para uma questão estrutural do que conjuntural que eu acho que é uma agenda mais antiga que existe da gente conseguir substituir empréstimo de alto custo para empréstimo de baixo custo. 

O Relatório de Política Monetária prevê ainda que a economia deve crescer menos este ano: a previsão caiu de 2,1% para 1,9%.