Vôlei sentado: Brasil faz amistoso contra a Ucrânia
O CT Paralímpico de São Paulo recebe, a partir das 18h desta sexta-feira (14), o Desafio Internacional Brasil e Ucrânia de Vôlei Sentado Masculino. Será o quinto amistoso entre as duas equipes nessa semana. Na quinta-feira (13), a seleção brasileira conquistou a terceira vitória da série, por três sets a zero. O técnico Célio Mediato quer usar este último jogo para ajustar ainda mais o time brasileiro visando ao principal objetivo do ano: a medalha inédita nas Paralimpíadas de Tóquio. “Eu quero sempre a perfeição. Não podemos nos acomodar porque teremos desafios importantes nessa temporada”.
O grupo brasileiro é formado por 13 atletas, muitos extremamente experientes. Na seleção desde 2007, Gilberto Lourenço, o Giba, é um deles. O ex-motoboy, que teve um pé amputado depois de uma acidente de moto, abre mais uma temporada com um objetivo na cabeça. “ Prometi para a minha família e para a equipe que ia perder peso. Estou focado nisso para buscar a medalha que escapou por pouco no Rio de Janeiro”. Depois de dois anos fora da equipe verde-e-amarela, Diogo Rebouças voltou ao grupo no ano passado e agora não quer sair mais. “ Eu sou ponteiro, mas a gente tem que fazer de tudo. Ajudo no fundo de quadra, na saída de rede. Preciso colaborar. Voltei com força total para estar muito bem lá em Tóquio.”
Ucrânia
Ao contrário do Brasil, já classificado para as Paralimpíadas com o ouro do Parapan de Lima, a Ucrânia terá de passar por um Pré-Olímpico mundial no mês de março para buscar a vaga. “Os principais adversários deles serão Alemanha e Estados Unidos. E como nós estamos há bastante tempo sem perder para esses times, eles decidiram vir fazer esse intercâmbio. Acho que esse período aqui está sendo muito proveitoso para todo mundo”, diz o ponteiro Diogo.
Quem está comandando o time ucraniano nesse período é um velho conhecido dos brasileiros, Fernando Guimarães (técnico nacional entre 2010 e 2016 e irmão do tricampeão olímpico Zé Roberto). “Já vínhamos 'namorando' há algum tempo. E agora acabei aceitando acompanhá-los nesse período de treinos. Mas é muito difícil. Além de toda dificuldade da língua, eles não estão acostumados a treinar. Todo mundo entra na quadra e joga, eles não tem muita cultura tática.”
Em relação ao futuro, Guimarães não descarta seguir à frente do time do Leste Europeu, mas pede mudanças. “Acho que pode acontecer, está tudo indefinido. Gostaria que eles escutassem aquilo que eu estou tentando passar. A Ucrânia pode conquistar a vaga no Pré-Olímpico, mas muita coisa tem que mudar. Falta um pouco de 'fome', digamos assim”, concluiu.