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Poucos torcedores acionaram órgãos de defesa do consumidor, diz secretária

Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 27/06/2014 - 18:49
Brasília

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Aparentemente, torcedores brasileiros e estrangeiros que reclamam à imprensa problemas como falhas no serviço de telefonia móvel, cobrança de preços abusivos e desrespeito às regras tarifárias dos serviços de táxi e mototáxi, não se dispuseram a deixar o clima de festa de lado para procurar os órgãos de defesa do consumidor.

“Não chegou nada [atípico] aos balcões dos Procons estaduais”, disse a secretária nacional do Consumidor, Juliana Pereira, lembrando que, devido ao Mundial, a secretaria inaugurou, em maio deste ano, o Centro Integrado de Proteção ao Consumidor na Copa, que reúne autoridades dos três níveis de governo e representantes do setor empresarial com o objetivo de viabilizar e agilizar ações de proteção ao consumidor durante a Copa do Mundo.

Segundo Juliana, entre as poucas queixas diretamente relacionadas ao evento, registradas nos Procons e já informadas à secretaria nacional, as que mais chamam a atenção são as que envolvem problemas com agências de turismo.

“Do ponto de vista do consumidor, a Copa tem sido tranquila. Tivemos problemas pontuais com agências de viagem do exterior, que venderam alguns pacotes turísticos com problemas. Uma delas, inclusive, era credenciada pela [Federação Internacional de Futebol] Fifa”, revelou Juliana, se referindo a um episódio ocorrido em Cuiabá (MT), onde a seleção colombiana ficou hospedada durante a primeira fase do Mundial.

Ao chegarem à capital mato-grossense, cerca de 600 torcedores colombianos descobriram que não tinham hotéis reservados, apesar de terem pago o pacote completo a uma agência de turismo de seu país. Como a agência era credenciada pela Fifa, Procon, governo estadual e representantes da própria federação foram acionados para resolver o problema. Os hotéis de Cuiabá estavam lotados e os torcedores lesados tiveram que ser hospedados em Rondonópolis, a 220 quilômetros (km) de distância, e em Primavera do Leste, a 350km.

Segundo o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antônio Pôssas, a própria agência colombiana foi forçada a arcar com todas as despesas de transporte e de hospedagem. “Acionamos o Procon estadual, que acionou outros Procons e confirmou que a mesma situação já tinha acontecido em Belo Horizonte e em Brasília, com clientes da mesma agência. Como ela é credenciada pela Fifa, acionamos a federação, informando-a que estávamos procurando resolver o problema, mas que se a agência não ressarcisse as despesas, a Fifa teria que assumi-las. Felizmente, tudo foi resolvido”.

 

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