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Manifestação de moradores do Morro da Providência prejudica trânsito no Rio

Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 10/05/2016 - 19:10
Rio de Janeiro

Moradores do Morro da Providência fazem, desde o meio da tarde, uma manifestação na área central da cidade contra as constantes operações policiais na comunidade após a morte de um sargento do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) na semana passada.

Os moradores atearam fogo em paus e pneus e mantém fechado o Túnel João Ricardo, que liga o centro à zona portuária da cidade. Os manifestantes estão concentrados na Rua Bento Ribeiro, que dá acesso ao terminal rodoviário.

Com o fechamento do túnel, houve problemas no trânsito da cidade, com reflexos nas zonas norte e sul do Rio, como os acessos aos túneis Rebouças e Santa Bárbara. Para quem se destina aos bairros da zona norte a situação também é muito complicada e o motorista está perdendo, em média, mais de 30 minutos para sair do centro da cidade.

O terminal de ônibus Américo Fontenelle, que fica na Central do Brasil ao lado da subida do Morro da Providência, também está interditado. Os ônibus que ligam o Rio de Janeiro aos municípios da Baixada Fluminense não estão conseguindo chegar ou sair do terminal. A Polícia Militar observa de longe a manifestação.

As avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, no centro financeiro do Rio estão com trânsito congestionado e essa situação se reflete em outras ruas e avenidas do centro da cidade.

Em um confronto na quinta-feira (5), cinco traficantes e um policial do Bope morreram, quando três policiais da tropa de elite da PM faziam um levantamento da ação dos traficantes na comunidade em um carro descaracterizado da unidade. Eles foram descobertos e o sargento morreu com um tiro na cabeça. Em seguida, policiais do Bope cercaram o morro e, em troca de tiros, mataram cinco pessoas ligadas ao tráfico, de acordo com a corporação. Apesar de ter uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde janeiro de 2010, estão sendo constantes os enfrentamentos entre militares e traficantes que ainda ocupam a região.