Passageiros são prejudicados por greve de ferroviários em São Paulo
A paralisação por tempo indeterminado dos funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) prejudica usuários de duas linhas hoje (11). A greve afeta a Linha 10-Turquesa, que está fora de serviço, e a Linha 7 – Rubi, cuja operação ocorre em velocidade reduzida.
A categoria decidiu pela greve em assembleia na noite de ontem (10). Eles reivindicam o pagamento do Programa de Participação de Resultados (PPR) de 2016. De acordo com o sindicato, o valor deveria ter sido pago em parcela única no dia 31 de março, já que os funcionários teriam atingido metas negociadas.
A CPTM considerou irresponsável a greve de seus funcionários. “O pagamento da segunda parcela (50%) do PPR 2016 aos empregados será efetuado no dia 16/06/2017, com valor corrigido pelo índice acumulado nos meses de abril e maio deste ano, evitando qualquer prejuízo financeiro aos seus colaboradores”, informa a nota. Segundo a companhia, os empregados deverão manter 75% da operação nos horários de pico e de 60% nos demais horários.
Na Estação Tamanduateí, zona leste de São Paulo, a maioria dos usuários foi pega de surpresa com a greve no início da manhã. Os portões de acesso à Linha Turquesa estavam fechados com avisos sobre a greve. “Eu não ouvi falar nada dessa greve de hoje”, disse Elis Regina, de 44 anos.
Ela conta que precisa chegar no trabalho, no bairro de Santana, zona norte, onde atua como cozinheira. “Vou pegar a Linha Verde do Metrô, depois pegar a Linha Azul. Vou fazer um caminho longo, um retorno”, lamentou. Na Estação Tamanduateí, é possível utilizar a transferência para a Linha 2-Verde do Metrô, que opera hoje normalmente.
Jader Lira, 32 anos, engenheiro, mora próximo da Estação Tamaduateí e também foi pego de surpresa pela paralisação. “Eu não sabia, teve informação ontem [sobre a greve], mas não busquei detalhes, só hoje confirmei. Vai mudar um pouco a rotina, mas acredito que consiga chegar no trabalho hoje.” Jader trabalha em Santo Amaro, zona sul.
Francisco Oliveira, 40 anos, analista de sistemas, soube da greve antes de sair de casa e pegou uma carona com um colega até a estação. Ele tirou uma fotografia, com o celular, dos avisos sobre a greve para justificar o motivo do atraso no trabalho. “Vou chegar com meia hora de atraso, porque trabalho no centro de São Paulo.”