Centrais sindicais protestam contra reforma da Previdência em São Paulo
Centrais sindicais e movimentos sociais iniciaram, no fim da tarde desta terça-feira (5), ato em protesto contra a reforma da Previdência. Os manifestantes ocuparam parte do vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, e três de suas seis faixas de tráfego. Em seguida, saíram em passeata em direção ao centro da cidade.
“Hoje é uma vitória do movimento. Fizemos o Rodrigo Maia [presidente da Câmara dos Deputados] ir à imprensa dizer que não estava colocando para votar [a reforma] porque não tem voto suficiente. E ele não tem voto porque os deputados estão com medo de não se eleger”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas.
Ele acrescentou que a reforma da Previdência irá retirar direitos adquiridos pelos trabalhadores, e significará o fim da aposentadoria. “Não existe reforma da Previdência. O que existe é acabar com o direito de o tralhador se aposentar, transformando a Previdência em um artigo privado para ser adquirido na banca particular.”
Além dos sindicatos filiados à CUT, estavam presentes representantes de entidades de trabalhadores ligadas à Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas, e movimentos sociais como a Marcha Mundial das Mulheres, organizações estudantis e movimentos pela moradia. O evento foi organizado pela Frente Brasil Popular e pela Povo Sem Medo.
Mais cedo, a central Força Sindical fez uma manifestação em frente à Superintendência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Viaduto Santa Efigênia, no centro da cidade.
O governo federal argumenta que a reforma é necessária para equilibrar as contas e garantir o pagamento das aposentadorias nos próximos anos.