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Internacional

Maduro pede prisão para quem recebeu propinas da Odebrecht na Venezuela

O presidente anunciou que iniciará a Missão Justiça Socialista, um
Da AFP
Publicado em 12/02/2017 - 18:37
Caracas
Maduro propõe diálogo com a oposição para conter a onda de violência no país
© Miraflores Palace/Handout/Divulgação/Direitos Reservados

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu neste domingo (12) ao Ministério Público e ao Poder Judiciário do país que prendam as pessoas que receberam propina da construtora Odebrecht na Venezuela. "Dou todo meu apoio para que façam justiça no caso da Odebrecht e mandem para a prisão as pessoas que receberam subornos", afirmou o presidente em um evento por ocasião do Dia da Juventude na Venezuela.  As informações são da  Agência France-Presse (AFP).

Maduro anunciou, além disso, que na próxima quarta-feira iniciará a Missão Justiça Socialista, um programa governamental para combater a corrupção e a criminalidade.

"Os corruptos que fogem deste país vão para os 'United States' e se declaram perseguidos políticos. E começam a colaborar com as agências dos Estados Unidos, por isso, não se pode deixar escapar um único corrupto", acrescentou Maduro.

Ele reiterou que seu governo terminará todas as obras da construtora brasileira. "Não quero mais atrasos, tenho os recursos para retomar de maneira acelerada todas as obras", enfatizou.

A Promotoria venezuelana confirmou em janeiro que pediu informações sobre o caso Odebrecht ao Ministério Público brasileiro e solicitou uma ordem de prisão internacional contra uma pessoa não identificada e supostamente vinculada ao escândalo. Por sua parte, o Parlamento venezuelano - de maioria oposicionita - aprovou na semana passada a investigação do caso. E a Comissão de Controladoria do país intimou para esta semana os representantes legais da empresa na Venezuela.

De acordo com declarações do ex-presidente da construtora Marcelo Odebrecht, que está preso, a Venezuela é o segundo país da América Latina em que sua empresa mais pagou propina (98 milhões de dólares), ficando atrás apenas do Brasil.