Coreia do Norte diz que novo míssil deixa EUA ao alcance de suas armas nucleares
A Coreia do Norte informou nesta quarta-feira (29) ter testado com sucesso um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) que coloca toda a área continental dos Estados Unidos ao alcance de suas armas nucleares. A informação é da Reuters.
O primeiro teste de um míssil norte-coreano desde setembro vem uma semana depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, recolocar a Coreia de Norte em uma lista de países que, afirma Washington, apoiam o terrorismo, permitindo a imposição de novas sanções aos norte-coreanos.
A Coreia do Norte, que também realizou seu sexto e maior teste nuclear em setembro, já disparou dezenas de mísseis balísticos em testes sob o governo do líder do país, Kim Jong Un, em um desafio a sanções internacionais. O último teste, realizado ontem, representou a maior distância que um míssil norte-coreano já voou, caindo no mar perto do Japão.
O governo de Pyongyang disse que o míssil atingiu uma altitude de cerca de 4.475 quilômetros e voou por 950 quilômetros durante 53 minutos.
“Potência de mísseis"
"Após assistir ao lançamento com sucesso do novo modelo do ICBM Hwasong-15, Kim Jong Un declarou com orgulho que agora finalmente realizamos a grande causa histórica de completar a força nuclear do Estado e construir uma potência de mísseis", disse um comunicado lido na TV estatal norte-coreana.
A Coreia do Norte se descreveu como uma "potência nuclear responsável", afirmando que suas armas estratégicas foram desenvolvidas para defender o país "da política de chantagem e da ameaça nuclear dos imperialistas dos EUA".
Muitos especialistas na área nuclear afirmam que a Coreia do Norte ainda precisa provar que dominou todas as barreiras técnicas, incluindo a capacidade de instalar uma pesada ogiva nuclear de maneira confiável em um ICBM, mas eles acreditam que isso ocorrerá em breve.
"Não vamos gostar disso, mas vamos ter que aprender a conviver com a capacidade da Coreia do Norte de atingir os Estados Unidos com armas nucleares", disse Jeffrey Lewis, chefe do Programa de Não-proliferação Nuclear do Instituto Middlebury de Estudos Internacionais, baseado na Califórnia.
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