Almagro anuncia que disputará reeleição para Secretaria-Geral da OEA
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, anunciou hoje (6) que buscará a reeleição para o cargo em 2020, atendendo pedidos de vários países, entre eles a Colômbia e os Estados Unidos.
"Embaixadores da Colômbia e dos EUA me transmitiram que há um conjunto de países expressando apoio à minha candidatura para reeleição como secretário-geral da OEA. Decidi aceitar tal responsabilidade", anunciou Almagro na sua conta no Twitter.
Ex-ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Almagro assumiu o comando da OEA em 2015, com um mandato de cinco anos e direito a uma reeleição. Como o período termina em maio de 2020, as eleições na organização deve ocorrer entre fevereiro e março.
Até agora, Almagro não tem nenhum concorrente. O secretário-geral da OEA é eleito pela Assembleia Geral, que conta com representantes dos 34 países da organização. Para ser eleito, Almagro precisa de 18 votos, ou seja, maioria simples.
Em 2015, o diplomata uruguaio foi eleito com 33 votos e uma abstenção, um apoio quase unânime dos estados-membros da OEA.
Nos três anos na OEA, Almagro se tornou um dos principais críticos do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. E, em um movimento atípico para o cargo, tomou a iniciativa de denunciar o governo do país à Tribunal Penal Internacional (TPI).
Por tradição, o cargo de secretário-geral da OEA é ocupado por um representante de um país latino-americana.
A única vez em que isso não ocorreu foi entre outubro de 2004 e maio de 2005, quando Luigi Einaudi, dos Estados Unidos, então secretário-geral-adjunto da OEA, teve que assumir interinamente o posto após a renúncia do costa-riquenho Miguel Ángel Rodríguez, envolvido em um caso de corrupção em seu país.