Presidente do BNDES diz que reformas econômicas são essenciais ao país
A presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos, defendeu as reformas que o governo quer implementar no país, incluindo a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 e a reforma da Previdência. Ela participou, nesta sexta-feira (21), de um evento reunindo economistas na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio.
“Essas reformas são essenciais. A população brasileira precisa entender que a gente nunca vai ter o país que a gente quer se não fizer essas reformas de uma forma urgente. Porque não há recursos para sustentar o que a gente tem hoje em dia e, principalmente, há uma desigualdade na distribuição desses recursos. Precisamos trabalhar para essas reformas, a trabalhista, a tributária e a da Previdência, assim que a gente tiver a aprovação da PEC dos Gastos [241]”, disse Maria Silvia.
A presidente participou de encontro em homenagem aos 70 anos do economista Antônio Carlos Pôrto Gonçalves. Maria Silvia também comentou a redução no desembolso do banco, o menor desde 2008, creditando o menor volume à recessão econômica.
“A 7% de recessão acumulada, este número está sendo construído desde o ano passado e teve uma redução forte dos desembolsos. Isto não é surpresa nenhuma, todos estão acompanhando o que está acontecendo na economia brasileira. Para termos novos investimentos, precisamos da retomada do crescimento. A boa notícia é que a taxa de queda começa a diminuir. Há uma reversão desse processo iniciada. Estava havendo, nos últimos meses, uma queda muito acelerada nessa taxa de desembolso e agora começamos a ver uma reversão dessa queda, o que significa dizer que veremos, em breve, o início de uma retomada”, disse.
Maria Silvia detalhou as novas condições do crédito que serão disponibilizados para infraestrutura. “Essas condições vão valer para as concessões de primeira rodada. O BNDES não financiará em nenhuma hipótese 100% dos investimentos. Ele colocou limites. Dependendo do setor, os limites variam. Os investidores que entrarem, os futuros concessionários, terão que aportar capital, necessariamente pelo menos 20%. E sem empréstimo-ponte, nós vamos partir direto para o empréstimo de longo prazo”, disse.
Também participaram do evento o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísica (IBGE), Paulo Rabello de Castro, e o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Carlos Hamilton.