Curupira, Mula-Sem-Cabeça, Saci-Pererê, Mãe-de-Ouro, Comadre Florzinha. Todos estes personagens e lendas fazem parte do imaginário brasileiro, mas folclore é só isso?
Os estudiosos dizem que não.
O presidente da Comissão Nacional de Folclore, Severino Vicente, defende um conceito ampliado.
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A luta para que a cultura tradicional permaneça viva é contínua e vai muito além da data de 22 de agosto, Dia Nacional do Folclore no calendário oficial.
Exemplo de resistência é a Folia de Reis Sagrada Família da Mangueira, que é uma das últimas remanescentes dos reisados do Rio de Janeiro.
Mestre Hevalcy Silva diz que se sente remando contra a maré, e que a tradição que une música e religião vem diminuindo a cada ano
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A presidenta da Funcaju - Fundação Cultural Cidade de Aracaju - Aglaé Fontes, lembra a importância do registro e da educação para a preservar as identidades culturais
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Entre as inovações no folclore tradicional está a comemoração do Dia das Bruxas, o Halloween, em 31 de outubro.
Para contrapor a tradição norte-americana, em 2005, o Congresso Nacional aproveitou a mesma data para homenagear um personagem legitimamente brasileiro, criando o Dia do Saci Pererê.
A coordenadora de pesquisa do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Elisabeth Costa, diz que globalização pode gerar novas tradições, inclusive um Halloween abrasileirado
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A influência de tradições estrangeiras na nossa cultura será tema discutido no Congresso Brasileiro de Folclore, que vai ocorrer em outubro, em Belo Horizonte.
Os pesquisadores devem revisitar na ocasião a Carta do Folclore Brasileiro, que foi publicada em 1951 e depois atualizada em 1995.
A Carta é um conjunto de conceitos e recomendações para a proteção, divulgação, e documentação do folclore nacional.