Mais de 200 colombianos dormem no aeroporto de Guarulhos à espera de ajuda para voltar à Colômbia
Mais de 200 colombianos dormem há semanas no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, à espera de ajuda para voltar para a Colômbia.
Com a pandemia, eles ficaram sem trabalho no Brasil e não têm dinheiro para voltar e nem recursos para pagar hospedagem. No grupo também existem turistas que visitavam o país, mas tiverem os voos cancelados.
No começo do mês, eram 15 pessoas, que já conseguiram deixar o Brasil. Mas novos imigrantes continuam chegando ao aeroporto de onde saem os voos para Bogotá, capital da Colômbia. Nessa sexta-feira, já tinham pelo menos 50 crianças e adolescentes.
O grupo vive em situação de extrema vulnerabilidade. Se acomodam em colchões e cobertores espalhados pelo chão do terceiro andar do aeroporto em uma situação impossível de manter o distanciamento social. Estão vivendo de donativos e não têm lugar para tomar banho. Pelo Twitter, uma porta-voz do grupo descreveu a situação.
“Já não temos recursos para sobreviver e voltar para Colômbia é a única opção. Exigimos ser escutados e repatriados. Estamos sem comida, estamos sem ter onde dormir”.
O Ministério Público Federal fez uma reunião de urgência com representantes do Ministério das Relações Exteriores e da embaixada da Colômbia para tentar resolver a situação.
Em nota, a embaixada da Colômbia diz que está tentando organizar um voo humanitário para repatriar as pessoas, e que até agora já saíram três voos com a repatriação de 346 colombianos.
Mas, segundo o Ministério Público, as autoridades colombianas cobram mais de US$ 400 por pessoa, algo como R$ 2,2 mil, para arcar com os custos do voo fretado e para pagar as despesas com acomodação e alimentação do grupo em Bogotá durante a quarentena obrigatória de 14 dias.