Polícia do Rio prende suspeito do esquema de pirâmide financeira
Considerado foragido há mais de um ano, Jonas Jaimovick, dono da JJ Invest, foi preso nesta segunda-feira (09), por policiais civis da Delegacia de Defraudações, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. A prisão preventiva de Jonas foi decretada pela Justiça Federal,em fevereiro do ano passado, depois que investigações o apontaram como responsável pelo maior esquema de pirâmide financeira do Brasil.
A estimativa é de que a JJ Invest tenha causado prejuízo de R$170 milhões para mais de três mil vítimas, em um esquema fraudulento de investimentos, em que oferecia lucro de 10 a 15% ao mês.
A JJ Invest ficou conhecida no cenário nacional após patrocinar times de futebol e jogadores. Inclusive, artistas e ex-atletas investiram na pirâmide e perderam muito dinheiro. Em um dos inquéritos investigados na Delegacia de Defraudações, onde foram ouvidas cerca de 60 vítimas, calcula-se um prejuízo de aproximadamente R$30 milhões.
Segundo as investigações, existem processos contra a empresa em São Paulo, Maranhão, Recife, Ceará e outros estados. Somente no Rio de Janeiro, o proprietário da empresa responde a mais de 30 inquéritos. Além disso, diversas vítimas entraram na Justiça contra a empresa.
Em 2017, a CVM, Comissão de Valores Mobiliários, abriu processo contra a JJ Invest por atuação irregular no mercado. Mas a empresa continuou a fazer operações financeiras e dois anos depois, a CVM voltou a emitir um comunicado informando que a JJ Invest continuava sem autorização para exercer atividade de administração de carteiras e consultoria de valores mobiliários.
Oito pessoas envolvidas que obtiveram lucro com a pirâmide financeira também foram indiciadas no crime do “Colarinho Branco”. Se condenados, as penas podem chegar a 22 anos de prisão.
A reportagem da Rádio Nacional procurou a defesa dos acusados, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.