Durante a primeira viagem internacional do atual mandato, o presidente Lula defendeu uma moeda comum entre Brasil e Argentina, construção que deve ser feita com debate e reuniões.
A declaração foi dada nesta segunda-feira (23), durante a visita de Lula à Argentina, onde vai participar da 7ª Cúpula da Celac, Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos, na terça-feira (24).
Ao lado do presidente da Argentina, Alberto Fernández, Lula defendeu ainda que o BNDES financie o gasoduto do país vizinho.
Durante o encontro, Lula e Fernández assinaram sete acordos bilaterais entre Brasil e Argentina. Entre os assuntos, cooperação nas áreas de Defesa, Saúde, Ciência e Tecnologia, e o Programa Antártico brasileiro.
Após o encontro com Alberto Fernández, Lula ressaltou que a relação entre os dois países nunca deveria ter sido rompida.
O presidente Lula ainda lembrou que atualmente a Argentina é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil e que esta relação vai ser fortalecida.
A visita do presidente Lula marca a volta do Brasil à Celac. Para o atual governo, esse retorno é indispensável para a recomposição do patrimônio diplomático e a plena reinserção do Brasil ao convívio internacional. Isso porque em janeiro de 2020, o ex-presidente Jair Bolsonaro havia retirado o Brasil formalmente da Celac.
Ainda nesta segunda, Lula participou de encontro com empresários argentinos. Já a 7ª reunião da Cúpula da Celac está prevista para esta terça-feira.
Durante o encontro com os 33 países-membros deve ser aprovada a Declaração de Buenos Aires, um documento que trata de assuntos em comum, a exemplo das questões de gênero, conservação dos oceanos, combate ao terrorismo e ao tráfico de armas.
Na quarta-feira (25), Lula segue para Montevidéu, capital do Uruguai, onde tem mais um encontro bilateral, desta vez com o presidente Luis Lacalle Pou.