Os professores das escolas particulares do Rio de Janeiro decidiram suspender a greve de aulas presenciais que já se estendia por 112 dias. A decisão foi tomada em uma assembleia virtual realizada neste sábado (24) e vale a partir da próxima quarta-feira. Apesar disso, a categoria se mantém em estado de greve, em defesa da saúde física e psicológica dos professores, e da severa vigilância ao cumprimento dos protocolos sanitários e pedagógicos. O presidente do Sindicato dos Professores (Sinpro), Oswaldo Teles, diz que o retorno às salas de aula é uma mudança de estratégia da categoria.
O sindicato já denunciou mais de 30 escolas da capital por registrarem casos de covid-19 entre alunos ou funcionários, ou pelo desrespeito às medidas sanitárias, como a testagem dos profissionais e a garantia de distanciamento nos espaços escolares. O retorno das aulas presenciais na rede privada da capital fluminense foi autorizado no início da mês, após a liberação da Prefeitura, do Governo do Estado e da Justiça. Já na rede municipal as aulas continuam suspensas. Também já retornaram às salas de aula alunos da rede estadual, do 3º ano do ensino médio e do ciclo final da educação de jovens e adultos em 13 municípios.