Sindicato das escolas privadas de SP vai à Justiça por volta às aulas
O Sindicato que representa as escolas particulares no estado de São Paulo, o SIEESP, entrou com uma ação civil pública pedindo que a Prefeitura da capital paulista libere a volta às aulas para estudantes de todos os níveis de ensino.
Nesse momento, apenas os estudantes do ensino médio puderam retomar as atividades curriculares presenciais – ainda assim com revezamento de alunos.
Estudantes de outras séries tanto do ensino fundamental quanto da educação infantil continuam com atividades curriculares à distância. Para eles, só as atividades extracurriculares, como aulas de idiomas, podem ser presenciais.
Para o presidente do SIEESP, Benjamim Ribeiro da Silva, como até o começo do ano que vem a pandemia do coronavírus ainda não vai estar controlada, é preciso retomar as atividades de todas as séries de forma híbrida, ou seja, parte presencial e parte com ensino à distância.
A pressão das escolas particulares também está associada à crise que o setor vem enfrentando. Só na educação infantil, que reúne os estabelecimentos que atendem as crianças de 0 a 5 anos, 30% das empresas faliram e não vão reabrir as portas quando passar a pandemia. Nos momentos mais críticos, a perda de faturamento de todo o setor chegou a 90%.
A ação foi protocolada na quarta-feira e ainda não há uma decisão da justiça. Questionado sobre a possibilidade de retomar as atividades, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse que deve anunciar uma posição na próxima semana, quando vão ser divulgados os resultados do novo inquérito epidemiológico que está sendo feito pela secretaria municipal de saúde junto a estudantes e professores da rede pública. As escolas públicas atendem em média 85% dos estudantes na capital paulista.