Será mais fácil uma pessoa saber se tem hepatite C. Até o fim deste ano, o teste estará disponível em todos os postos de saúde do país. Antes, o exame para detectar a doença só era possível em hospitais especializados. Com a mudança, o teste de hepatite C vai fazer parte dos exames de sangue de rotina. O exame vai receber uma pontuação, que os médicos chamam de “score”. Dependendo da quantidade de pontos, será possível dizer se a pessoa tem hepatite C ou não.
O diretor do Departamento Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, destaca que os principais beneficiados vão ser os moradores de localidades mais afastadas dos grandes centros urbanos.
O presidente da organização não governamental Grupo Esperança, de São Paulo, Jeová Pessin Fragoso, acredita que incentivar o teste é fundamental.
O Ministério da Saúde anunciou o investimento de R$ 500 milhões na compra de novos medicamentos contra a hepatite C. Ao negociar com os fabricantes, o Governo Federal conseguiu desconto de 90% no valor dos remédios. Eles devem beneficiar 30 mil pacientes do Sistema Único de Saúde por ano. O ministro Arthur Chioro explica o que muda com os novos medicamentos.
Sonora: "É uma revolução no tratamento da hepatite C muito parecida com a que aconteceu com a Aids, com o surgimento dos coquetéis. Nós temos um aumento do percentual de cura de 42% para 90% e diminuição do tempo de tratamento de nove meses para três meses. Além de maior facilidade porque passamos a ter o tratamento por via oral e a possibilidade de também tratar pacientes com infecção do vírus da hepatite C com HIV e Aids; e os pacientes que foram submetidos a transplante, que antes não podiam ser tratados. Conseguimos garantir o que há de mais moderno por um preço que é 10% do praticado nos Estados Unidos".
A partir desta terça-feira (28), uma campanha nos meios de comunicação vai reforçar a importância do teste de hepatite C e a vacinação contra hepatite B.