Quem estava na expectativa pela volta de Delcídio do Amaral, que está suspenso do PT, às atividades no Senado terá de esperar. O senador apresentou na noite desta terça-feira um pedido de licença médica pelo período de 15 dias, a partir de segunda-feira, dia 22. Era exatamente o dia previsto pelo advogado dele para o retorno de Delcídio ao trabalho.
Delcídio do Amaral prometeu que, quando voltar, vai subir à tribuna e se defender das acusações de oferecer R$ 50 mil por mês para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró fugir sem fazer delação premiada.
Para o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB, é importante dar chance para Delcídio se explicar.
Durante as duas semanas de licença, a defesa pretende esclarecer na Justiça algumas regras da prisão domiciliar. A equipe de Delcídio quer saber até que horas ele pode ficar no Senado e como seria o contato com os outros 14 parlamentares investigados pela Operação Lava Jato.
O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto, do PMDB, avalia que a volta de Delcídio vai ocorrer sem constrangimento.
Delcídio do Amaral foi preso no dia 25 de novembro do ano passado. Na última sexta-feira, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, revogou a prisão, por considerar que o senador não oferece risco à colaboração de Nestor Cerveró com as investigações da operação Lava Jato.