O ministro Teori Zavaski, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou nessa quinta-feira (19) que o pedido de investigação contra o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, seja analisado pela Justiça Federal do Distrito Federal.
No despacho, Zavaski lembrou que Edinho não tem mais prerrogativa de foro privilegiado por ter deixado de ser ministro de Estado. O ministro do STF afirmou ainda que, apesar de as acusações contra ele terem surgido em meio às investigações da Lava Jato, elas não têm relação com o esquema de desvio de recursos da Petrobras.
Edinho Silva foi tesoureiro da campanha à reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff. O ex-ministro foi acusado pelo ex-senador Delcídio do Amaral de participar de um esquema de caixa dois, envolvendo o repasse de empresas farmacêuticas a campanhas políticas.
Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base na delação premiada de Delcído, Edinho cometeu os crimes de corrupção e lavagem de ativos. Delcídio do Amaral disse que pediu recursos a Edinho para pagar dívidas da campanha eleitoral de 2014 com as empresas FSB e BlackNinja, no valor total de R$ 1 milhão.
Até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu contato com o ex-ministro Edinho Silva.