O diretor do Hospital Universitário Pedro Ernesto, Edmar José Alves dos Santos, garantiu que em no máximo nos meses vai reativar mais cem leitos da unidades chegando assim a 355.
O aumento das atividades será possível por causa de uma liminar que determinou que o governo do Estado do Rio de Janeiro repasse mensalmente R$ 7 milhões ao hospital.
Com capacidade para 512 leitos, o hospital atualmente só disponibiliza 255, por causa da crise financeira que já provocou o atraso no pagamento de fornecedores e residentes. Mas santos ressaltou que a solução definitiva para unidade passa por um aumento da verba destinada a ela no orçamento do estado.
Nesta terça-feira foi realizada a primeira visita da comissão de representação da Assembleia Legislativa, criada para acompanhar os problemas no hospital. O presidente da comissão deputado Zaqueu Teixeira afirmou que vai encaminhar a proposta de aumento do orçamento do Pedro Ernesto.
Mesmo com problemas, a unidade ligada à Universidade Estadual do Rio de Janeiro continua sendo uma referência em intervenções de alta complexidade como cirurgias cardíacas e neurológicas. Usuários como Marleuza Rodrigues de Oliveira esperam que a crise seja superada.
Durante a visita da comissão, servidores do hospital fizeram um protesto e denunciaram uma suposta tentativa de sucatear a unidade para deixá-la vulnerável a privatização ou terceirização dos serviços. O diretor do hospital refutou a hipótese.
Atualmente o hospital pedro ernesto é administrado diretamente pelo estado e conta com cerca de 3.800 servidores públicos, além de 1.200 alunos de graduação e de pós graduação. Mesmo com a crise, em 2015, a unidade realizou cerca de 450 mil consultas e cinco mil cirurgias.