O Cremerj, Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, demonstrou preocupação com a superlotação e a precariedade nas acomodações de cinco hospitais municipais.
A Comissão de Fiscalização do Conselho esteve, no período de 5 a 11 de julho, nos hospitais Souza Aguiar, Salgado Filho, Miguel Couto, Albert Schweitzer e Lourenço Jorge. Eles serão utilizados como referência para atendimento de emergência durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
Segundo o vice-presidente do Cremerj, Nelson Nahon, há superlotação em todas as salas de emergência vistoriadas, além de um grande número de pacientes internados de forma improvisada.
De acordo com Nahon, o estado precisa liberar verbas emergenciais para a Saúde, já que o repasse atual de 4% do orçamento está bem abaixo dos 12% obrigatórios. Outra medida, segundo o vice-presidente, seria os hospitais federais garantirem leitos de retaguarda para suprir a necessidade dos hospitais de referência da Olimpíada.
Em resposta, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que o planejamento de saúde montado para os jogos prevê que os hospitais federais disponibilizem 135 leitos de retaguarda. Soranz disse que o Cremerj vem levantando essas questões em “oposição política à secretaria” e garantiu que a cidade está preparada pra o período.
Soranz disse, ainda, que o Cremerj não repassou oficialmente à secretaria nenhum relatório das vistorias realizadas.