Rumo ao ouro olímpico, a Seleção Brasileira Feminina de Futebol hoje promete empolgar torcedores e comentaristas que, por sinal, precisam acabar com o machismo das narrações que insistem em comparar a genialidade das nossas jogadoras com alguns astros consagrados no mundo do esporte. Ora Marta é Phelps de saia, ora Bolt de saia e ainda Neymar de saia. Não demora trocam as cuecas do técnico Vadão pelas saias também.
Definitivamente, nossas meninas de ouro são únicas e incomparáveis. Que o diga a torcida que aplaudiu de pé a qualidade técnica e o espírito de equipe da Seleção Feminina de Futebol que tão bem nos representa.
Que a exemplo do que aconteceu no jogo contra a Austrália quando se depararam com um contra-ataque que levou a um empate seguido da cobrança sofrida de pênaltis, a gente espera poder dispensar o cardiologista do plantão pra ficar com a proteção das mãos da goleira Santa Bárbara.
Que na semifinal de hoje, novamente contra a Suécia, derrotada de goleada por 5 a 1, logo depois da estreia contra a China, pelas nossas meninas, o nervosismo em nenhum momento supere a segurança do nosso futebol feminino.
Façam suas apostas e vamos esperar pela consagração do time brasileiro com a conquista inédita do ouro olímpico.
Enquanto isso, Viva Maria quer, daqui, encher o peito de orgulho e começar a festejar seus 35 anos de vida com o depoimento de uma Maria que é candidatíssima a se transformar em personagem do projeto de documentário do canadense Gavin Andrews sobre histórias de Marias e Margaridas que tiveram suas vidas transformadas pelo nosso programa.
O nome dela é Kennya Silva, trabalhadora rural de Xinguara no Pará que conheceu o sucesso depois que sua poesia começou a navegar as ondas sonoras do nosso Viva Maria. Viva nossa Maria Quarqué, diga lá minha amiga, o que achou do projeto?
Viva Maria: Programete que aborda assuntos ligados aos direitos das mulheres e outros aspectos da questão de gênero. É publicado de segunda a sexta-feira. Acesse aqui as edições anteriores.