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TCU constata falta de transparência nos gastos com obras para Rio 2016

Legado Olímpico
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Victor Ribeiro
15/05/2017 - 07:01
Brasília

Procuramos o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes para responder à pergunta da dona Suely. O que é esse tal legado olímpico? 


O ministro Augusto Nardes destacou o que esperava do legado olímpico. 


O Tribunal de Contas da União se debruça sobre as contas e os resultados dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Mais de 50 auditorias do órgão se relacionam a esse tema e o ministro Augusto Nardes é o relator do trabalho. 


O evento custou R$ 43 bilhões. Desse valor, pelo menos R$ 22 bilhões – mais da metade – saíram dos cofres públicos para viabilizar os jogos. Boa parte da outra metade, da iniciativa privada, foi financiada por bancos públicos. 


Na análise do TCU, falta transparência no gasto desse dinheiro e o resultado – o legado – está muito longe do esperado. Por isso, o órgão multou o ex-ministro do Esporte George Hilton e o ex-secretário executivo da pasta Ricardo Leyser. As multas chegam a R$ 29 mil, cada. 


Augusto Nardes acredita que as ações de fiscalização e a punição podem prevenir que as autoridades públicas voltem a gastar tanto dinheiro, sem alcançar os resultados esperados. 


Em nota, George Hilton e Ricardo Leyser informaram que já recorreram da decisão do TCU, porque encaminharam todos os documentos ao tribunal no começo do ano passado.


Os dois acrescentaram que, enquanto estiveram no Ministério do Esporte, o governo tomou providências para garantir um amplo legado olímpico. 


Na avaliação do ministro do TCU, o Brasil precisava receber competições como a Copa do Mundo e a Olimpíada. No entanto, as autoridaes públicas deveriam usar o dinheiro para que os grandes eventos tivessem resultados concretos na vida da população. 


O Tribunal de Contas da União destacou que teve grande dificuldade em obter informações da Autoridade Pública Olímpica e dos governos do estado e do município do Rio de Janeiro, sobre o planejamento e execução das obras e serviços para o evento.


De acordo com o TCU, a principal irregularidade está na falta de divulgação do relatório final da evolução da Matriz de Responsabilidade.

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