Pesquisa aponta que internações por emergências cardiovasculares são elevadas no país
Os atendimentos de emergências cardiovasculares são mais de 80% maiores que os atendimentos agendados para cirurgias ou procedimentos.
O levantamento é da Sociedade Brasileira de Cardiologia e aponta que, no ano passado, foram realizados mais de um milhão de internações por doenças do coração. Mais de 900 mil delas foram de emergência.
O levantamento mostra, ainda, que os casos emergenciais são 84% entre os homens e 79% entre as mulheres. Para a SBC, a saúde no Brasil está sobrecarregada, sobretudo para atendimentos hospitalares e no serviço público.
Isso, inclusive, afeta na demora do atendimento, o que aumenta os casos de morte causada pelas complicações cardiovasculares.
E é nos atendimentos de emergência onde o paciente tem quatro vezes mais chance de morrer do que um paciente que agendou uma cirurgia ou procedimento cardiovascular: são 360 mil mortes, por ano, causadas pelas doenças cardiovasculares. Sendo, portanto, a maior causa de mortes, no Brasil.
Quando o assunto é a idade, o pico de atendimento é de pessoas entre 60 e 69 anos, que somaram mais de 200 mil atendimentos somente em 2017.
Para a SBC, a saída para tanta morte é investir em prevenção e evitar que as pessoas desenvolvam ou compliquem as doenças cardiovasculares.
Além disso, é importante aumentar o número de profissionais de saúde e de pessoas que não são da saúde a estarem aptas para atendimentos emergenciais de ressuscitação.
Os primeiros socorros, até mesmo em casa, são muito importantes porque menos de 2% das vítimas de ataques do coração chegam com vida ao hospital.
Elas morrem em casa ou no caminho e, se as pessoas tiverem esse conhecimento, o índice de sobrevivência pode subir para 70%.
Os especialistas lembram que a cada minuto sem atendimento, o paciente perde 10% da chance de sobreviver.