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"Laringe eletrônica, uma voz possível" é o tema de campanha para pacientes com câncer de garganta

Laringes eletrônicas
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Larrisa Abreu*
28/07/2019 - 23:33
Brasília

Você já imaginou a possibilidade de não conseguir falar? Para pacientes com câncer de laringe, um dos mais comuns entre os que atingem a região da cabeça e pescoço, essa é uma realidade.


Mas uma iniciativa desenvolvida pela Associação de Amor e União Contra o Câncer, a Amucc, em parceria com a Associação de Câncer de Boca e Garganta, ACBG Brasil, promete mudar essa história.


É o projeto ‘Laringe eletrônica: uma voz possível”, que fornece laringes eletrônicas para pessoas que foram submetidas à laringectomia total, um procedimento que pode curar através da extração das pregas vocais, mas deixa o paciente incomunicável.


A eletrolaringe ou laringe eletrônica é um equipamento portátil que funciona com baterias recarregáveis. O aparelho possibilita a emissão de um onda sonora contínua. Essa vibração é transmitida por uma voz robótica, que forma palavras através dos órgãos articuladores como lábios, língua e dentes.


Segundo a gestora do projeto, Maria Júlia Guedes,  serão entregues 371 aparelhos até agosto para pacientes de todo Brasil.

 

Maria Júlia ainda destaca a importância dos laringes eletrônicas na vida dos pacientes. Para ela, os equipamentos contribuem para reintegração dessas pessoas na sociedade.


Neste sábado, é comemorado o Dia Mundial de Prevenção e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. Mas a campanha julho verde, realizada pela ACBG Brasil, aproveitou o mês inteiro para informar a população sobre os perigos dessas doenças.


Com o tema “O câncer tá na cara, mas às vezes você não vê”, a ação alerta sobre sinais da doença e importância de diagnóstico precoce dos tumores de cabeça e pescoço que, além da laringe, atingem boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, esôfago, tireoide e seios paranasais.


Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o Brasil registra, a cada ano, mais de quarenta mil novos casos da doença e registra mais de dez mil mortes decorrentes desses tipos de tumores.

 

* Com supervisão de Gláucia Gomes

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