O diretor do Departamento de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Antônio Ricardo Nunes, disse que as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes continuam. Segundo ele, o objetivo é descobrir se houve um mandante e chegar até ele.
Durante o primeiro encontro de diretores de Departamento de Homicídios do Brasil, realizado nesta quarta-feira no Rio, o delegado assegurou que não há dúvidas de que os executores do crime foram os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, que já estão presos.
Ainda de acordo com Antônio Ricardo Nunes, a investigação do homicídio gerou desmembramentos e, em breve, haverá prisões relativas a esses outros inquéritos. Ele não esclareceu, no entanto, se essas prisões têm relação direta com o assassinato.
Em resposta ao pedido de federalização das investigações, feito pela então Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge, o delegado disse que as pessoas que, de alguma forma prejudicaram o início das investigações, já estão respondendo à Justiça.
No mesmo encontro, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, também se manifestou sobre o pedido da ex-procuradora-geral, Raquel Dodge, que deixou o cargo nesta terça-feira.
No último dia à frente da procuradoria-geral da república, Raquel Dodge apresentou uma denúncia ao Superior Tribunal de Justiça contra cinco pessoas por interferência nas investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista dela Anderson Gomes.
Dodge também pediu ao tribunal a abertura de um novo inquérito para apurar os mandantes do crime e ainda um pedido para que toda a investigação do caso vá para o âmbito federal. Caberá ao STJ decidir se acolhe a denúncia e o destino das investigações.