Funcionários dos Correios protestam em centros de distribuição
Como forma de pressionar a direção dos Correios para chegar a um acordo sobre a greve da categoria, alguns empregados da estatal ocuparam dois centros de distribuição de cargas da empresa nos últimos dois dias.
Nesta quarta-feira (2), foi o terminal de cargas no Aeroporto Internacional de Brasília. Na terça (1), funcionários bloquearam os acessos ao principal centro de distribuição de cargas dos Correios, localizado em Salvador, na Bahia. Até o fechamento desta reportagem, os protestos continuavam.
Na semana passada, um grupo de grevistas ficou por 90 horas na central de Indaiatuba, em São Paulo. Eles saíram do local no último domingo (30), após decisão da justiça garantir a reintegração de posse.
Essas ocupações fazem parte da greve dos empregados dos Correios. A categoria pede que a estatal mantenha mais de 70 cláusulas do acordo coletivo que teria vigência até 2021.
O presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, José Rivaldo, declarou que a paralisação é apenas para manter esses direitos.
Lembrando que nos dias 27 e 28 de agosto, houve reuniões entre grevistas e a empresa no Tribunal Superior do Trabalho para tentar chegar a um acordo. Na ocasião, a corte apresentou uma proposta de renovação das 79 cláusulas vigentes no acordo coletivo, sem reajustes. Mas não houve consenso. Por isso haverá uma audiência de dissídio coletivo no TST. A data ainda não foi marcada.
Em nota, os Correios no Distrito Federal informaram que o terminal de cargas no DF está operando internamente, e que a empresa tomou medidas judiciais para garantir o desbloqueio do acesso com ganho de causa. O TST determinou que as federações não impeçam o livre trânsito nas unidades dos Correios. A pena por descumprimento é de R$100 mil por dia.
Não conseguimos contato com os Correios na Bahia.