Governo do Amazonas repudia referência ao estado em variante
Mutações do coronavírus têm sido observadas em várias partes do mundo, como no Reino Unido e na África do Sul, além do Brasil. Aqui, a cepa denominada P1 tem sido, muitas vezes, chamada de ''variante amazonense'' ou ''variante de Manaus'', o que tem sido contestado pelo governador do estado, Wilson Lima.
Diretrizes da Organização Mundial da Saúde apontam ser inapropriado utilizar localidades para denominar variantes virais e reforçam que esta prática pode causar estigmas junto à população.
Para o governador Wilson Lima, o povo amazonense não merece a referência.
A cepa P.1 é uma das 18 variantes do novo coronavírus já mapeadas no Amazonas. O estudo realizado pela Fiocruz Amazônia, em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde do estado, confirmou a origem e um aumento substancial na frequência dessa variante nas amostras analisadas.
De acordo com o estudo, entre as amostras, a P.1 respondia, em dezembro, por 51% dos casos de covid-19 do Amazonas. Já no dia 13 de janeiro, esse percentual aumentou para 91%.
Desde terça-feira (2) o Amazonas tem um novo Comitê de Assessoramento Científico Externo, formado por pesquisadores de instituições locais, de outros estados e da Organização Pan-Americana da Saúde. O grupo vai realizar estudos sobre a rapidez de propagação e a letalidade da variante P.1, além de verificar os impactos da vacinação contra a covid-19.