Senado aprova comissão para apurar desaparecimento na Amazônia
A Polícia Federal prossegue com as buscas pelo jornalista inglês Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo Pereira. Nessa segunda-feira (13), divulgou nota negando que os corpos haviam sido encontrados. No domingo (12), bombeiros envolvidos na operação descobriram uma série de pertences dos dois como mochila com roupas, um par de botas, chinelos e cartão de saúde.
A Polícia Federal já tinha encontrado, na sexta-feira (10), material orgânico, aparentemente humano, próximo ao Porto de Atalaia, que foi encaminhado para o Instituto Nacional de Criminalística da PF.
Também estão sendo analisadas amostras do sangue encontrado na embarcação de Amarildo da Costa de Oliveira. Ele está preso temporariamente desde a semana passada suspeito de envolvimento com o caso. O resultado deve sair nesta semana.
O plenário do Senado Federal aprovou nessa segunda-feira (13) a criação de uma comissão externa temporária para acompanhar buscas e investigar o desaparecimento dos dois.
A comissão deve durar cerca de 2 meses. Será formada por 9 senadores das comissões de Constituição e Justiça, de Meio Ambiente e de Direitos Humanos do Senado, que irão até o Vale do Javari.
Já os servidores da Funai de Brasília e de Santa Catarina estão de braços cruzados por 24 horas. Segundo o movimento, o órgão não atendeu nenhuma reivindicação nem manifestou solidariedade às famílias dos desaparecidos.
A Funai informou que tem trabalhado intensamente nas buscas na região do Vale do Javari, na Amazônia. Disse ainda, que tem realizado ações permanentes e contínuas de monitoramento, fiscalização e vigilância territorial na Terra Indígena Vale do Javari, a segunda maior do país, em conjunto com órgãos ambientais e de segurança pública.
Dom Phillips, que é jornalista do jornal britânico The Guardian, e Pereira, servidor licenciado da Funai, foram vistos pela última vez na manhã de domingo, 5 de junho, no Vale do Javari. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte, quando sumiram sem deixar vestígios.
O indigenista informou que estaria sofrendo ameaças na região, informação confirmada pela PF, que investiga a denúncia.