O IBGE ainda está tentando aumentar a cobertura do Censo 2022, que já finalizou a coleta em 95% dos setores, mas ainda tem uma alta taxa de recusas ou ausências. Desde o início das entrevistas, em agosto, o desafio tem sido maior nas grandes cidades e em áreas de poder aquisitivo mais alto. Por isso, o trabalho de convencimento está concentrado nesses locais. Neste domingo, recenseadores foram até a praia do Leblon, um dos bairros mais nobres do Rio de Janeiro para distribuir folhetos explicativos e agendar entrevistas com pessoas que ainda não foram recenseadas. O objetivo foi explicar a importância do Censo, única pesquisa de contagem populacional de abrangência nacional, indispensável para o diagnóstico da população e para a elaboração de políticas públicas.
De acordo com o último balanço dos trabalhos, divulgado no final de janeiro, o Rio era o terceiro estado com maior índice de recusa e 3,21% dos moradores abordados simplesmente se negaram a prestar informações, ainda que a resposta ao Censo seja obrigatória por lei. Na capital, a taxa era ainda maior: 3,9% e a proporção de moradias em que os moradores estavam ausentes chegava a 6%. A cidade de São Paulo liderava a taxa de recusa, com 7,1% e em Cuiabá, foi verificada a maior quantidade de moradores ausentes, quase 20%. Esses são alguns dos problemas que levaram aos atrasos na conclusão da coleta, prevista inicialmente para terminar em novembro do ano passado e que só foi encerrada este mês. Mas o IBGE ainda atua em regiões específicas e faz a conferência dos dados. Moradores de todos os estados brasileiros que ainda não foram recenseados devem ligar para o Disque 137 e agendar a entrevista com o recenseador.