Em mais uma fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os atos de 8 de Janeiro, agentes da Polícia Federal cumpriram, nesta terça-feira (29), mandados em duas cidades do estado de Goiás: Goiânia e Piracanjuba. E o deputado estadual Amauri Ribeiro, do União Brasil, foi alvo de mandados e teve o celular apreendido pelos agentes.
A investigação busca suspeitos de financiar e participar dos ataques golpistas de 8 de janeiro.
O advogado de defesa do parlamentar, Demóstenes Torres, disse que vai pedir acesso aos autos que originaram a medida cautelar de busca e apreensão.
Torres afirmou que o deputado já prestou declarações à Polícia Federal, respondendo a todas as perguntas da autoridade policial. E que continuará disponível para qualquer outro esclarecimento.
Amauri Ribeiro assumiu, em junho, durante sessão da Assembleia Legislativa de Goiás, ter financiado acampamentos antidemocráticos instalados em quartéis do Exército. No discurso, ele afirmou que deveria estar preso.
Após a declaração, a defesa do parlamentar disse que a fala foi completamente tirada de contexto.
Segundo os advogados, o deputado disse não considerar bandidos os que estavam acampados na porta do quartel em Goiânia. E, por questões humanitárias, levou água e alimentos para os mais carentes.
O parlamentar declarou ainda considerar vândalos, bandidos e delinquentes os que participaram das depredações ocorridas em 8 de janeiro.
De acordo com a Polícia Federal, os fatos investigados constituem, por exemplo, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, terrorismo, dano qualificado, associação criminosa e incitação ao crime.
* Matéria atualizada em 29/08/2023, às 14h40, com acréscimo de informação.