Saiu o vencedor do concurso do projeto de construção do Centro Cultural Rio-África, localizado na região da Pequena África, Zona Portuária carioca.
O arquiteto Marcus Vinícius Damon levou o principal prêmio na disputa, promovida pela Prefeitura do Rio de Janeiro, e organizada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil.
Participaram profissionais de arquitetura e urbanismo pretos e pardos, naturais do Brasil e de países africanos de língua oficial portuguesa.
A iniciativa avaliou 30 propostas de projetos vindos de todo o Brasil.
E o anúncio do vencedor foi feito nesta terça-feira (29) em solenidade local, onde o Centro será erguido, com o objetivo de promover ações que dialoguem com a ancestralidade e a cultura da região portuária.
Na planta vencedora, estão presentes estruturas que convidam à contemplação das estrelas e uma fachada projetada para ser um filtro de luz natural, além de uma praça de acesso com espécies nativas da Mata Atlântica e africanas, como a espada-de-são-jorge.
O arquiteto Marcus Vinícius Damon fala sobre seu projeto, que acabou vencedor.
"É um edifício que busca estabelecer um diálogo entre a arquitetura moderna brasileira e todo esse legado da arquitetura carioca que tem uma relação muito bonita entre a arquitetura construída e o paisagismo, como vemos no Parque Guinle e no aterro do Flamengo. Não nega esse legado da arquitetura moderna brasileira, mas busca criar um diálogo com essa ancestralidade africana. Que em alguns momentos é sutil, simbólica e nas entrelinhas. E em outros, é explícita."
O espaço será construído no lugar onde fica o antigo prédio da maternidade Pró Matre, já desativado. A estimativa é que sejam gastos R$ 30 milhões na realização do projeto.