Governador da Virgínia declara emergência depois de manifestação neonazista
O estado norte-americano da Virgínia declarou estado de emergência por causa dos confrontos entre os manifestantes ultranacionalistas e antifascistas, na pequena cidade de Charlottesville, a duas horas da capital, Washington.
Tropas de choque não conseguiram conter, neste sábado (12), confrontos entre um grupo suprarracista chamado União da Direita e um grupo antifascista. Lados opostos trocaram insultos, palavrões e partiram para violência física.
Com a falta de controle, o governo declarou estado de emergência. O protesto começou nesta sexta feira (11), quando integrantes do grupo União da Direita decidiram protestar contra a retirada, de um parque municipal, de uma estátua do general confederado Robert Lee, um dos nomes importantes do movimento separatista e anti-abolicionista do Sul do país durante a guerra civil.
O grupo ultranacionalista gritava palavras de ordem contra homossexuais, judeus e negros. Além disso, agitava bandeiras confederadas e tochas de fogo, um dos símbolos do movimento racista Ku Klux Klan.
O presidente Donald Trump condenou a violência dos protestos e disse que a América é para todos. Afirmou que toda a ação movida por ódio em espírito dividido deve parar imediatamente.
Mas, para analistas, o presidente deve fazer mais para frear a onda ultradireita e condenar o reagrupamento de entidades racistas como a Ku Klux Klan. A imprensa americana disse que o próprio Trump deu espaço a grupos ultrarracistas graças ao tom nacionalista adotado por ele desde a campanha eleitoral.