O Japão tenta entender o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe em um país onde as armas de fogo são estritamente regulamentadas e a violência política extremamente raras. Nas redes sociais uma onda de comoção tomou conta das manifestações que vão do primeiro-ministro do país, Fumio Kishida, protegido de Abe, até pessoas comuns nas mídias sociais.
Shinzo Abe, o governante que passou mais tempo no comando do país, foi baleado enquanto fazia um discurso de campanha ao lado de aliados ha dois dias antes das eleições para a Câmara Alta do parlamento japonês. O suspeito do ataque é um ex-integrante da Marinha que foi detido logo após os disparos. Ele usou uma arma de fogo artesanal, segundo relatos da mídia. O ministro da Defesa, Nobuo Kishi, irmão de Abe, não quis comentar o fato.
Antes da morte de Abe, a última morte violenta de um primeiro-ministro foi há mais de 90 anos. No Japão as restrições à posse de armas não permitem que cidadãos particulares tenham revólveres, e caçadores licenciados podem ter apenas rifles. Os proprietários de armas precisam assistir aulas, passar por um teste escrito e se submeter a uma avaliação de saúde mental e verificação de antecedentes.
*Com informações da Reuters