Hoje foi um dia de ensaio pra família real e para os organizadores da coroação do Rei Charles e também de um pouco de relações públicas, já que ele, o príncipe William e Kate desceram do carro e foram cumprimentar pessoas que já estão acampadas para ver tudo de pertinho.
As calçadas estão cheias de barracas e cadeiras no trajeto que Charles e Camila farão amanhã pelas ruas do centro de Londres até a Abadia de Westminster onde vai acontecer a cerimônia da coroação.
Tudo impecavelmente coreografado como são esses espetáculos da família real britânica, embora muito do que vai se ver é copiado. Lembrança de tradições antigas, mas dessa vez será uma versão menor. Por várias razões. A Grã-Bretanha hoje não é mais a potência que era em 1953, quando a rainha Elizabeth foi coroada. Um país menos importante internacionalmente com uma economia menor, com menos influência. E com o público que, se ainda apoia a monarquia, já olha como o jeito mais crítico para o tamanho da conta. Ostentação de um lado, austeridade do outro, equilibrar a realidade com o custo da família real não é tarefa fácil.
O presidente Lula participou de uma recepção com cerca de mil convidados no Palácio de Buckingham. Foi no fim da tarde, já que Charles provavelmente vai precisar descansar para se preparar para o dia de amanhã. Com 73 anos, fisicamente e emocionalmente vai ser um dia desgastante. Charles esperou por esse dia por décadas.
Antes da recepção, Lula se encontrou com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak. Conversaram sobre o comércio bilateral, que tem muito pra crescer, sobre a guerra da Ucrânia e, principalmente, sobre o meio ambiente. O tema mais importante para a sobrevivência do planeta requer um cuidado especial com a Amazônia. E hoje o governo britânico se comprometeu a dar £ 80 milhões, cerca de R$ 500 milhões para ajudar.