TCE pede que governo de SP explique distribuição da CoronaVac
O Tribunal de Contas de São Paulo pediu que o governo do estado explique quais foram os critérios para a distribuição da vacina Coronavac nos municípios e nos hospitais vinculados diretamente ao governo estadual, os chamados hospitais das clínicas.
A vacinação contra o coronavírus em São Paulo começou no dia 19 de janeiro justamente no complexo do Hospital das Clínicas ligado à Faculdade de Medicina da USP.
Segundo as notas da própria Secretaria de Saúde do Estado divulgados à época, o complexo recebeu 30 mil doses de CoronaVac, e entre as pessoas que foram vacinadas estavam alunos de pós-graduação que não trabalham na assistência a pacientes, professores em home office, funcionários de áreas administrativas e até voluntários do hospital que foram escolhidos por meio de sorteio.
Dos oito institutos de especialidade do Hospital, apenas três atendem pacientes com Covid-19.
A situação de largo acesso às vacinas também se repetiu em outros hospitais de clínicas do estado, como o HC de Campinas, que recebeu 4 mil doses.
Apesar de ser um número bem menor que o do complexo hospitalar da capital paulista, ainda assim, é quase o dobro de tudo o que foi enviado, por exemplo, para a cidade de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. Segundo a prefeitura, a cidade recebeu 2.160 doses da CoronaVac e precisaria de cerca de 5 vezes mais para garantir a vacinação dos profissionais de saúde na linha de frente do combate à pandemia.
O Tribunal de Contas também pede que o governo de São Paulo explique quais medidas foram tomadas para evitar desvios de vacinas e o que vai ser feito para responsabilizar as pessoas que não obedeceram aos critérios de prioridade para receber a vacina.
O governo do estado tem um prazo de 5 dias úteis para enviar os esclarecimentos.