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Meio Ambiente

MP do Rio determina à Cedae melhorias no complexo Imunana-Laranjal

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Solimar Luz, Repórter da Rádio Nacional
08/04/2021 - 17:43
Rio de Janeiro

A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro e o Inea-Instituto Estadual do Ambiente devem apresentar à Justiça dados que comprovem a adoção de medidas para melhorar a qualidade socioambiental da bacia onde está localizado o Complexo de captação e tratamento de água Imunana-Laranjal. A decisão atende um pedido do Ministério Público do Estado, por meio do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente.

Ainda de acordo com a determinação da Justiça, a Cedae deverá apresentar, no prazo de 30 dias, projeto de reflorestamento na denominada "Área 1", devendo incluir o plantio e a manutenção de todas as mudas pelo prazo mínimo de quatro anos.

O Complexo Imunana-Laranjal abastece com água mais de um milhão e meio de consumidores da ilha de Paquetá, na capital, e das cidades de Maricá, Itaboraí, São Gonçalo e Niterói, na Região Metropolitana.

A questão ambiental é mais uma da série de problemas que os clientes da Cedae enfrentam. O pior deles tem sido a falta de qualidade da água, que chega à torneiras com gosto e cheiro de terra,além da cor turva. A moradora do Grajaú, na zona norte carioca, Roberta Bicalho, diz que este é um problema recorrente.

Como medida paliativa, entrou em operação nesta quarta-feira um novo sistema de bombeamento do Rio Guandu, para diminuir a quantidade de geosmina, substância que altera tanto o gosto quanto a cor da água.

De acordo com a Companhia, o aumento da vazão do rio para a Lagoa Grande, que também compõe o sistema de captação da Estação de Tratamento do Guandu, vai reduzir os fatores que contribuem para a concentração das algas responsáveis pela produção da geosmina, que se proliferam com mais rapidez quando há calor.

A Cedae alerta, no entanto, que a manobra não resolverá o problema de maneira definitiva. Mas há uma esperança com a obra de proteção da tomada de água da Estação de Tratamento, que deve ser licitada no dia 1º de junho. A obra tem investimento previsto de 132 milhões de reais, e duração de 24 meses.

Sobre a decisão da Justiça, a reportagem entrou em contato com a CEDAE, mas ainda não teve uma resposta. Já a Assessoria do INEA, informou que as informações ainda estão sendo apuradas.

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