O Rio de Janeiro é um dos poucos estados brasileiros a abrigar um raro primata, ainda pouco conhecido pela ciência: o zogue-zogue, nativo do Amazonas e de Rondônia. A espécie é encontrada no Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, o CPRJ.
A instituição faz estudos, manutenção e reprodução de primatas da Mata Atlântica, em uma unidade no Parque Estadual dos Três Picos, em Guapimirim, cidade na região turística Serra Verde Imperial, a cerca de 50 km da capital.
Os animais chegaram ao CPRJ, graças a apreensões realizadas pelo Ibama na região Norte do país. O centro completou 40 anos de criação em 2019 e tem como principal objetivo assegurar a continuidade das espécies, por meio de um banco genético que visa dar suporte às colônias de primatas brasileiros.
Administrado pelo Inea, Instituto Estadual do Ambiente, o CPRJ se dedica apenas a primatas de espécies nativas do Brasil,especialmente as ameaçadas de extinção. O primatólogo Alcides Pissinatti, chefe do CPRJ, diz que ainda se sabe pouco sobre a espécie zogue-zogue, porém explica que esses primatas exercem papel estratégico na natureza.
Um dos frutos do trabalho de preservação do zogue-zogue no Centro foi o nascimento de crias em cativeiro , em novembro do ano passado. Atualmente são mantidos no Centro de Primatologia do Rio de Janeiro mais de 340 primatas de 31 espécies para reprodução e reintrodução em áreas nativas.