A AGU – Advocacia-Geral da União – apresentou à Justiça Italiana, nessa quarta-feira, recurso contra a decisão que negou a extradição de Henrique Pizzolato.
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil foi condenado a doze anos e sete meses de prisão no processo do mensalão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato.
Em outubro de 2013, ele fugiu para a Itália usando o passaporte de um irmão falecido.
Ao negar a extradição de Pizzolato, a Corte de Bolonha, na Itália, alegou que as prisões brasileiras não têm condições de receber o condenado.
De acordo com o diretor do Departamento Internacional da AGU, Boni de Moraes Soares, o argumento da Justiça italiana não é suficiente para a negativa da extradição.
O diretor afirma que Henrique Pizzolato não sofre risco concreto de qualquer tratamento desumano, especificamente na unidade prisional do Complexo Penitenciário da Papuda, local indicado para cumprimento de pena, caso ele seja extraditado.
Também há um recurso do Ministério Público Italiano, que apoia a tese brasileira. Os recursos serão analisados pela Corte de Cassação, em Roma, sem prazo definido. Segundo Boni, a audiência deve ser realizada somente em meados de 2015. Até lá, Pizzolato permanece livre na Itália.
