O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, voltou a negar que tenha recebido propina do consultor da Toyo Setal, Júlio Camargo, um dos delatores da Operação Lava Jato.
Nesta quinta-feira (16), em depoimento ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, Camargo disse que Cunha pediu US$ 5 milhões de propinas para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado. O presidente da Câmara acusa o empresário de mentir no depoimento.
Eduardo Cunha também acusa o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de ter obrigado Camargo a mentir. Segundo ele, as ações buscaram fragilizá-lo.
Por meio de nota, a Procuradoria-Geral da República esclareceu que o depoimento prestado por Júlio Camargo à Justiça Federal do Paraná não tem relação com as investigações do Supremo Tribunal Federal. Segundo a nota, a procuradoria não tem qualquer ingerência sobre a pauta de audiências do Poder Judiciário, tampouco sobre o teor dos depoimentos prestados perante o juiz.