A votação separada do impeachment de Dilma Rousseff, que manteve direitos políticos da ex-presidenta, repercutiu na Câmara.
Aliado de Eduardo Cunha, do PMDB, o deputado Carlos Marum (PMDB-MS) argumenta que o mesmo deve ocorrer com processos de cassação de mandato de parlamentares. Marum defende que primeiro se vote a cassação e depois a perda dos direitos políticos.
Os adversários do ex-presidente da Câmara entendem que o caso é diferente. O relator do pedido de cassação contra Eduardo Cunha, o deputado Marcos Rogério, do DEM, argumenta que o artigo da Constituição que trata do tema se refere exclusivamente a presidentes da República.
O líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy, comentou que ainda é cedo para saber as consequências da decisão do Senado ao processo de quebra de decoro parlamentar.
A sessão para analisar o pedido que pede a cassação do mandato de Eduardo Cunha foi marcada no dia 12 de setembro. Cunha é acusado de mentir na CPI da Petrobras ao afirmar que não teria contas no exterior.