Justiça bloqueia R$ 155 milhões dos envolvidos nas obras do Mané Garrincha
O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira decidiu bloquear R$ 155 milhões nas contas dos envolvidos na operação Panatenaico, que investiga o superfaturamento na construção do Estádio Mané Garricha e de outras obras públicas.
A justiça decidiu pelo bloqueio de R$ 10 milhões dos ex-governadores Agnelo Queiroz e José Roberto Arruda; R$ 6 milhões do ex-vice governador Tadeu Filippelli e mais R$ 26 milhões de outros acusados, além de R$ 100 milhões de bloqueio da construtora Via Engenharia.
Os advogados de Agnelo, Arruda e Filippelli não se pronunciaram. E a Via Engenharia não foi encontrada para comentar as denúncias.
O juiz federal Vallisney Oliveira também aponta que houve corrupção em outras obras, como o BRT SUL e o entorno do Estádio Mané Garrincha, a cargo das construtoras Andrade Gutierrez e Via Engenharia.
O advogado Luiz Carlos Alcoforado foi um dos acusados de receber propinas em nome do ex-governador Agnelo. Os delatores da Andrade Gutierrez afirmam ter pago R$ 600 mil para o advogado.
Alcoforado que advogou para Agnelo nas eleições de 2014 e também já teve contratos com as empreiteiras envolvidas, negou que tenha recebido qualquer recurso para o governador. E acrescentou que Agnelo lhe deve mais de R$ 400 mil.
O advogado ainda diz desconhecer que Agnelo tenha recebido recursos via Caixa 2. Luiz Carlos Alcoforado alega que a delação pode ter ocorrido porque os delatores fizeram apropriação indevida do recurso e prometeu processar a direção da Andrade Gutierrez.