Manifestantes de 20 diferentes movimentos sociais participaram de um ato contra a privatização da Eletrobrás na sede da estatal em Brasília, nesta quarta-feira.
Eles criticam o projeto de lei em tramitação na Câmara que prevê a venda das ações da Eletrobras, tornando o governo um acionista minoritário na empresa.
As organizações sindicais e movimentos populares argumentam que a privatização vai encarecer a tarifa de energia, colocar em risco a soberania energética do país e prejudicar regiões onde a fornecimento de energia não traga lucro, como explicou a coordenadora do Coletivo Nacional dos Eletricitários, Fabíola Antezana.
Enquanto ocorria o ato contra a privatização, a CNI, Confederação Nacional da Indústria, promovia há cerca de 2 km de distância da mobilização, um seminário sobre o setor elétrico. Os empresários defenderam a privatização da estatal.
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, rebateu críticas e disse que a medida trará eficiência para o setor e reduzirá o deficit do governo federal.
A previsão é que o projeto de lei de desestatização da Eletrobras seja votado no final de abril na Comissão especial. Mas o tema sofre resistência da oposição e também de parte da base aliada.