Bolsonaro diz a governadores eleitos que é preciso aprovar medidas amargas para país sair da crise
Em encontro com governadores eleitos, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que é preciso aprovar medidas que considera “amargas” para que o país se recupere da crise econômica. Ele pediu apoio dos gestores estaduais para passar reformas, e destacou que todos sabem o que tem que ser feito para que a economia volte a fluir.
O presidente eleito também afirmou que vai estudar todos as demandas que os governadores apresentaram em carta conjunta. E ainda falou sobre meio ambiente. Detalhou que nos próximos dias vai anunciar o nome do futuro ministro, e que será uma pessoa que conhece com profundidade o tema. E foi enfático ao falar sobre preservação.
Os governadores apresentaram demandas à equipe de Bolsonaro, entre elas, as reformas da Previdência e do sistema tributário, o incentivo a investimentos estrangeiros, repartição de recursos, segurança nas fronteiras e, o que chamam de "flexibilização de regras ambientais", para destravar projetos de infraestrutura.
Outra prioridade tratada na reunião é a formulação de um novo pacto federativo. Os gestores estaduais reclamam que ao longo do tempo as responsabilidades de estados e municípios foram aumentando, em relação a áreas como saúde, educação e segurança. Mas a distribuição de recursos não acompanhou esse avanço.
E a maior parte da arrecadação com impostos, taxas e contribuições fica com o governo federal. Então, os estados pedem uma distribuição mais justa de recursos e obrigações.
Segundo João Dória, governador eleito de São Paulo, o futuro ministro da economia, Paulo Guedes ,disse que o assunto será prioridade do governo federal. Doria ainda afirmou que, com uma possível aprovação da reforma da previdência, a União terá mais recursos e o dinheiro será compartilhado com estados e municípios.
Dos nove governadores eleitos do Nordeste, apenas dois participaram do fórum: Wellington Dias, do PT do Piauí, e o vice-governador da Bahia, João Leão, do Partido Progressista. Respondendo a questionamentos sobre a ausência de muitos gestores que são filiados a partidos de oposição a Bolsonaro, Wellington Dias descartou a hipótese de boicote e explicou:
Cerca de 20 governadores eleitos participaram do encontro, que foi articulado pelo governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, pelo futuro governador de São Paulo, João Dória, e por Wilson Witzel, que vai administrar o Rio de Janeiro. No dia 12 de dezembro está prevista uma nova reunião dos eleitos para discutir o andamento das pautas prioritárias.