Para o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, os números do desmatamento na Amazônia neste ano não refletem as ações que o governo vem fazendo para frear a derrubada de florestas.
O ministro Joaquim Leite citou a recente compra de equipamentos, como veículos anti-incêndio, drones e caminhões para órgãos de fiscalização como Ibama e o ICMBio. E apontou números do programa Guardiões do Bioma, que combate atividades predatórias ilegais na região amazônica. As declarações do ministro ocorreram nesta quarta-feira, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, onde ele depôs como convidado.
Segundo Joaquim Leite, um relatório apresentado a ele na manhã desta quarta já registra redução do desmatamento nas seis bases instaladas para fiscalizar e reprimir garimpos ilegais, queimadas e tráfico de drogas. Ele acrescentou que o governo adotou normas mais rígidas para combater o desmatamento ilegal.
O ministro do Meio Ambiente ressaltou ainda que o país avança na geração de energia limpa alternativa. Como exemplo, Joaquim Leite disse que só de energia solar, o país já produz 15 gigawatts, o equivalente ao que gera a usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do país. E apontou ainda outro dado ambiental: o fechamento de 650 lixões no país desde 2019.
Para os parlamentares de oposição, o Ministério do Meio Ambiente não tem avançado em relação aos problemas florestais, como o desmatamento e as queimadas criminosas. O deputado Elias Vaz, do PSB de Goiás, afirma que a pasta gastou muito abaixo do orçamento destinado ao combate de incêndios.
O ministro do Meio Ambiente foi convidado para essa audiência para falar sobre os dados de desmatamento na Amazônia, que de acordo com o INPE, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, no mês de abril foi de 1.000 quilômetros quadrados. Já no acumulado do ano, o número passa de 5 mil quilômetros quadrados, o segundo maior da série histórica.