O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, vai ser o coordenador da transição de governo. A decisão foi tomada, nesta terça-feira (1º), dois dias após a eleição. Depois da reunião entre o presidente eleito Lula, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ela confirmou o nome de Alckmin, para comandar a composição do novo governo e recolher informações da atual gestão.
Segundo Gleisi Hoffmann, ela e Aloizio Mercadante, coordenador do programa de governo da coligação, também vão coordenar a transição. Gleisi anunciou, ainda, que a equipe deve vir a Brasília, na próxima quinta-feira (3), se encontrar com o ministro Ciro Nogueira, do governo Bolsonaro.
O CCBB, Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, é onde foi montado o governo de transição quando Bolsonaro foi eleito, em 2018. No mesmo local, deve ser instalado o gabinete de transição para o governo Lula.
Gleisi Hoffmann ainda destacou que todos os partidos que apoiaram a campanha de Lula terão espaço neste processo de transição. Mas sinalizou que os membros da transição não serão, necessariamente ministros do próximo governo. Segundo ela, o presidente eleito ainda não começou a discutir o assunto e que a questão orçamentária vai ser a prioridade, neste primeiro momento.
Uma lei de 2002 garante a Lula o direito de montar uma equipe de transição de governo, com até 50 pessoas. Cabe ao chefe da Casa Civil nomear os indicados por Lula, para o governo de transição. Como Lula ainda não é presidente, não tem poder para nomear cargos públicos. A lei que normatiza os governos de transição determina que os atuais ministros e entidades do governo federal forneçam todas as informações solicitadas pelo governo do presidente eleito, além de apoio técnico e administrativo.