"Fui parcialmente derrotado", diz Haddad sobre carne na cesta básica
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que foi “parcialmente derrotado” com a inclusão das carnes na cesta básica no texto da regulamentação da reforma tributária. A declaração foi nesta sexta-feira (12) em evento com jornalistas. A Câmara dos Deputados incluiu a medida no projeto, deixando o produto isento de tributos, diferente do que havia sido proposto pelo governo.
Haddad disse que o governo federal já não cobra imposto sobre a carne.
"A União não cobra PIS/Cofins de carne hoje. É zero. Mas os estados cobram um pouquinho. E a questão verdadeira era federativa, se os estados iam passar a não cobrar ou não. O cashback era uma alternativa boa. Você em vez de zerar o imposto da carne para todo mundo, mantinha ele baixo, mas devolvia pra população de baixa renda".
O ministro disse que é a favor da autonomia financeira do Banco Central, mas que é contra a instituição se tornar uma empresa privada, como propõe uma Proposta de Emenda à Constituição no Senado.
"Uma coisa é discutir autonomia financeira. [Sou] à favor. Estou disposto publicamente que estou disposto. Outra coisa é transformar em uma empresa, criando uma figura nova, o seletista estável, e subordinar isso ao Senado e não ao Conselho Monetário Nacional. Acho que não é o caminho".
O ministro Haddad afirmou que o projeto das dívidas dos estados, apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tem impacto no resultado das contas já neste ano e que vai debater o texto com o relator da proposta.