Vacinação em massa deve ocorrer só em 2021, afirmam especialistas
Nesta semana, parlamentares da Comissão Mista que acompanha a situação das medidas relacionadas ao coronavírus ouviram especialistas em imunização e representantes de instituições sobre o tema.
Os especialistas concordam em três pontos: a vacinação em massa deve ficar mesmo para o ano que vem; grupos considerados de risco devem ser priorizados; e o plano de vacinação tem que estar pronto para o momento em que as vacinas forem adquiridas.
E mesmo diante da ansiedade pelo medicamento, o presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, Ricardo Gazzinelli, alertou que é preciso aguardar os resultados comprovando eficácia da vacina.
O vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Guilherme Werneck, defendeu que é preciso esclarecer a importância da vacina não só em termos individuais, mas também coletivos.
Werneck criticou o movimento antivacina que, segundo ele, é alimentado por informações falsas, e também alertou que a vacina não estará disponível para todos em pouco tempo, por isso é importante investir em outros modelos de imunização.
O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Juvenal de Sousa, acredita que uma campanha nacional de vacinação contra a covid-19 não será feita a curto prazo.
Segundo a coordenadora-geral substituta do Programa Nacional de Imunizações, Adriana Regina, o Ministério da Saúde já trabalha em um plano de operacionalização da vacina. Grupos de risco serão priorizados.
Além do Ministério da Saúde, Anvisa, Fiocruz, Instituto Butantan e outras instituições estão colaborando na elaboração do plano de vacinação.
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