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Saúde

É no SUS: conheça o maior programa público do mundo contra o HIV

Reportagem marca o Dia Mundial de Combate à Aids
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Victor Ribeiro
01/12/2020 - 17:56
Brasília
Teste rápido para HIV/AIDS.
© Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

No próximo dia 11 faz nove meses que a Organização Mundial da Saúde declarou que estava em curso a pandemia do novo coronavírus. E, nesse tempo, percebemos o quanto é difícil vencer um vírus. Mas hoje marca a luta contra uma epidemia que já existe há 42 anos. Primeiro de dezembro é o Dia Mundial de Combate à Aids.

A Aids é uma síndrome que ataca o sistema imunológico e é causada pelo vírus HIV, transmitido pelo sangue ou no contato sexual. O Brasil tem o maior programa público do mundo de enfrentamento ao HIV. Quem descobre logo a infecção pelo vírus e faz o tratamento, fica indetectável, interrompe a transmissão do vírus e não desenvolve a Aids.

O psicólogo Eduardo Oliveira trabalha na equipe do Doutor Maravilha, que usa perfis nas redes sociais para derrubar preconceitos, informar e acolher quem precisa. Eduardo destaca que ainda é um grande desafio vencer o estigma sobre quem vive com HIV.

Desde 1980, quase 1 milhão de brasileiros receberam diagnóstico positivo para Aids. Nos últimos anos, o número de casos reduziu consideravelmente. Foram mais de 40,5 mil em 2015 e 15.923 no ano passado.

Além do tratamento ter sido simplificado, o SUS usa outras estratégias de prevenção, como a PrEP, Profilaxia Pré-Exposição, e a PEP, Profilaxia Pós-Exposição, que funcionam como reforço dos preservativos. Tudo com distribuição gratuita na rede pública.

De acordo com o Ministério da Saúde, no ano passado, o número de diagnósticos positivos de Aids reduziu em quase todos os segmentos analisados. Mas entre os homens heterossexuais a taxa de infecção voltou a subir.

Eduardo Oliveira avalia que o HIV e a Aids ainda são vistos como problemas dos outros e isso cria muitos preconceitos. Ele explica que, atualmente, as atenções sobre prevenção precisam alcançar, principalmente, os homens heterossexuais, as mulheres trans e os idosos.

No mês de novembro, um estudo chamado Mosaico iniciou o recrutamento de 3,8 mil voluntários na Europa e nas Américas para testar uma vacina contra o HIV. O Brasil é um dos países escolhidos.

Podem se candidatar homens gays e bissexuais e mulheres transexuais. Se você quiser participar, precisa procurar uma das instituições de pesquisa: em São Paulo, o Hospital das Clínicas da USP, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o CRT DST Aids; no Rio de Janeiro, a Fiocruz e o Hospital Geral de Nova Iguaçu; em Belo Horizonte, a UFMG; em Manaus, a Fundação Medicina Tropical; e, em Curitiba, o Centro Médico São Francisco.

 

 

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